Ranking de segurança aérea deixa Gol e TAM entre as últimas
Aéreas brasileiras melhoraram desempenho, mas ainda deixam a desejar
A TAM e a Gol, em relação ao ano passado, subiram três posições e figuram agora, nas 56ª e 54ª colocações, respectivamente. Segundo o estudo, o principal motivo da colocação ruim são os acidentes registrados com aviões das empresas nos últimos 30 anos.
"Com a ausência de ocorrências graves em 2013, elas tiveram uma ligeira ascensão. Como a avaliação se baseia no histórico dos últimos 30 anos, as empresas ainda ‘sofrem' com os acidentes do passado", ressalta Achim Figgen, editor da revista Aero International, que divulgará a lista completa na próxima sexta-feira (17).
A Jacdec lembra que seis acidentes aéreos envolvendo a TAM, que em 2009 e 2010 foi a última do ranking, mataram 336 pessoas em pouco menos de 40 anos de atividade. Com relação a empresa Gol, a instituição de pesquisa recorda que ela protagonizou uma das maiores tragédias aéreas do Brasil no ano de 2006, quando 154 passageiros morreram no acidente entre um Boeing 737 e um jato executivo Legacy 600 da Embraer, no território de Mato Grosso.
A Gol divulgou em nota que não leva o ranking em consideração. Já a Tam afirmou que não comenta os critérios usados pela Jacdec. Segundo a Tam, em janeiro de 2012 a empresa renovou a certificação Iosa (Iata Operational Safety Audit), responsável por avaliar os sistemas de gestão e controles operacionais de companhias aéreas.
O ranking da Jacdec inclui todos os tipos de acidentes aéreos, sem especificar ou diferenciar os fatores que ocasionaram o fato. Das 20 empresas mais bem classificadas no ranking anual de segurança aérea, apenas quatro registraram acidentes desde que começaram a operar. As primeiras posições da lista ficaram com companhias que não registraram acidentes graves nos últimos 30 anos, como perda de aeronaves e registro de morte.
Pelo estudo, a Air New Zealand, da Nova Zelândia, é a empresa mais segura do mundo, tomando o lugar da Finnair, da Filândia, que desceu da primeira para a terceira posição. Em segundo lugar ficou a chinesa Cathay Pacific Airways. A Emirates Airlines, dos Emirados Árabes, em quarto lugar. A Lufthansa, maior empresa alemã do setor, desceu sete posições, chegando ao 18º lugar. O último acidente aéreo da companhia ocorreu em 1993, em Varsóvia, com registro de duas mortes. A holandesa KLM está uma posição à frente.
O levantamento da Jacdec concluiu que em 2013 foi o ano de maior segurança da história da aviação, considerando as seis últimas décadas. Segundo os dados da consultoria, em 2013 251 passageiros morreram em acidentes aéreos, contra 496 em 2012. A Jacdec também traçou uma relação direta entre a segurança dos voos e a transparência das autoridades responsáveis pela fiscalização do setor aéreo. Segundo a empresa, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália são os melhores exemplos deste fenômeno. A consultoria diz ainda que países como Brasil, Colômbia e África do Sul têm tido um bom nível de transparência, o que é visto de maneira positiva. Em locais onde há censura, como China, Malásia e Turquia, o índice de avaliação é puxado para baixo, diz o relatório.
O ranking (20 mais seguras):
1- Air New Zealand (Nova Zelândia)
2- Cathay Pacifica Airways (Hong Kong)
3- Finnair (Finlândia)
4- Emirates (EAU)
5- Eva Air (Taiwan)
6- British Airways (Reino Unido)
7- TAP (Portugal)
8- Etihad Airways (EAU)
9- Air Canada (Canadá)
10- Qantas (Austrália)
11- Qatar Airways (Catar)
12- All Nippon Airways (Japão)
13- Virgin Atlantic (Reino Unido)
14- Haian Airlines (China)
15- Virgin Australia (Austrália)
16- Jetblue Airways (EUA)
17- KLM (Holanda)
18- Lufthansa (Alemanha)
19- Shenzhen Airlines (China)
20- Easyjet (Reino Unido)
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